No meio deles há uma moça, empolgadíssima, sorridente, só esperando o juiz se dirigir a ela fazendo a pergunta que vai mudar sua vida! Ciclano se dirigi a ela e pergunta:
- Fulana, é de livre e espontânea vontade que você aceita Beltrano como seu esposo?
Fulana, sorridente e serelepe, responde:
- SIM!
O juiz olha para Beltrano e pergunta:
- Beltrano, é de livre e espontânea vontade que você recebe fulana como sua esposa?
Beltrano olha para um lado, para outro, olha nos olhos de Fulana, e, desconfiado, responde:
- Não, Doutor, não é de livre e espontânea vontade coisa nenhuma que eu vou me casar com essa mulher!
Fulana olha para o lado, desesperada, começa a chorar, e os outros casais começando um terrível burburinho. O juiz de paz não sabe como proceder mediante essa situação, passa a mão nos cabelos calvos no topo de sua cabeça e pensa:
"É a primeira vez, em 25 anos, que eu vejo uma situação dessa!"
Ciclano, mais uma vez, pede silêncio e pergunta novamente a Beltrano se ele tem certeza que não quer casar. Beltrano dirige-se para Fulana e explica-lhe que estava muito cedo para casar, que não queria magoá-la, mas que não poderia casar sem ter certeza.
Beltrano deixa o cartório e Fulana, aos prantos, é acolhida pelos familiares que levam-na embora dali.
Outros Fulanos e Beltranos decidem não mais casar-se! Muito barulho. Mulheres chorando. Homens indo embora. Ciclano ergue a voz e pergunta que ainda vai querer casar. Além daqueles dois primeiros casais, apenas mais um casal se pôs a frente e demonstrou seu interesse naquela formalidade.
Fim de tarde, apenas três casamentos. Aquele dia 24 de novembro ficou marcado na história da pequena cidade. Certamente, aquele primeiro casal tinha completa certeza do que queria.
Suy Lima [do Andrade]
Parabéns pelo post, amor!
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Eu sabia que você era capaz. Ficou muito bom. ;)
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Quero ver o resto, hein?! ;)
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