Passa o tempo. 3 AM. Bate o relógio. O sono. O vento no rosto. Tecnologia à mão. Textos-inspiração. Nada invade o ânimo.
Pensa. Repensa. Analisa... NADA.
Por que inventas de dizer que deveria forçar um lado literário? Por que me fazes pensar?
Cutuca. Instiga. Provoca.
Seria desejo de agradá-lo? E se não conseguir? - Gastarei tempo em vão.
Olhos atentos. Muitos detalhes. Nada me leva a escrever. Passeio pelas ruas solitárias de uma cidade cibernética. Avenidas, ruas, becos sem saída...
- Maldita hora em que me deixei levar pela curiosidade e entrei naquele beco escuro!
Vaidade era o seu nome, mas chamavam-no de ciúme. De inveja.
- Quem disse ser possível sair dele?
De cara com uma muralha. Densa. Impossível passar por ela. Tensa.
Pensa.
Manter o medo da escuridão não levará você a lugar nenhum. - sussurra a consciência ao pé-do-ouvido.
Por instantes, a coragem faz as pernas bambearem, as mãos tremerem, o coração disparar.
- E por que não tentar?
Passos para trás, saiu da escuridão. Procuro um jeito de trazer claridade.
A bodega do moço está aberta! - acende-se aquela (idéia)luz no topo da cabeça.
- Ô moço, tem lâmpada aí?
De pronto, o homem responde:
- Tem.
- Pode me emprestar?
Volto ao beco, há um poste. Alto, mas não custa tentar.
Troco a lâmpada queimada.
De repente... LUZ!
Desço. Vejo que o caminho nem era tão ruim assim. A muralha dá lugar a um muro mal acabado, não devia estar ali.
- O que fazer? Derrubar.
Chamei o moço da bodega. Precisava de ajuda.
Cacos no chão, muro derrubado. Vaidade passa a ser chamado de Confiança.
- Mas, quem era aquele que me incitava com indagações?
Bendito moço. Largou a bodega. Seguiu viagem comigo.